(Continuação) Especial - Entrevista Rockin’ on Japan Parte 7
Entrevista – Rockin’ on Japan – Yui – Parte 07:
#E que empurrão, não acha? Algo do tipo “depois de tudo ainda existem possibilidades”.
YUI: É verdade. Isso me fazia pensar que, existiam possibilidades. Desde o fim do primeiro ano do ensino médio... Ótimos tempos aqueles. Portanto, convenci meus professores de que pararia por ali. É claro que eles me deram vários conselhos, na verdade, ficaram muito preocupados. “Não sei muito sobre isso, pois trilhei o caminho normal, mas nunca vi pessoas pegando esse caminho e começando alguma coisa”. Costumavam me dizer isso.
#Sua mãe disse alguma coisa?
YUI: Ela achou que se eu tinha decidido isso, mostrava a quão mentalmente preparada eu estava e de alguma maneira ela podia sentir meu forte entusiasmo. Ela realmente não disse nada desagradável, “Se você quis realmente fazer isso, siga o caminho que escolheu”. Ela dizia algo assim. Mesmo que ela não falasse nada, eu podia sentir aquilo.
#Desde que se preparou para seguir esse caminho da música, acho que houve um ponto em que você começou a pensar: “Qual será o próximo passo?” Como funcionava?
YUI: É verdade que fiquei muito preocupada por alguns dias pensando nessas coisas. Eu realmente não fazia idéia de onde deveria ir, era como se eu não pudesse enxergar nada além de escuridão na minha frente. Então, tive a oportunidade de assistir uma apresentação ao vivo na rua de “Bianco Nero”. Até então, raramente eu ia à parte central da cidade e eu nunca havia assistido uma apresentação ao vivo na rua antes.
YUI: Havia uma amiga minha que sempre ia assistir as apresentações de “Bianco Nero”. Quando perguntei a ela se faria alguma coisa, ela me disse que haveria uma apresentação no mesmo dia. Então, como de costume, comecei com um “Konbanwa (Bom dia)” e tentei falar com eles, ainda lembro que tentei perguntar algo tipo, “Eu realmente quero seguir a música, o que eu devo fazer?” Naquela época, eu meio que sabia que existiam escolas vocacionais boas, eu pensava em não ir mesmo porque realmente não queria freqüentar a escola e tudo. Então, “Não é uma escola vocacional, é uma escola de música se é o que quer dizer”, eles me disseram. Depois daquilo, quando tive um tempo livre, eu também comecei a ir os shows de “Bianco Nero” e tive a oportunidade de conhecer pessoas dessas escolas de música. Então uma delas me chamou e disse: “Bem, então, traga esta garota aqui”. Foi o ponto de partida.
Curiosidade: Esta pessoa era Nishio Yoshihiko, fundador da “Voice Music School”. Ayaka vem dessa escola também. Nishio-san foi quem comprou o violão Yamaha que está na capa de “Its Happy Line” com YUI. Nishio produziu “Its Happy Line” e “Feel My Soul”.
Capa do single "It's Happy Line" de 2004.
YUI: Finalmente, pude ver que direção teria que tomar dali para frente, eu pude ver o que precisava ser feito. Todavia, nunca pensei que receberia tanta ajuda deles. Aquele encontro foi muito importante. Acho que com ele, foram abertas as minhas possibilidades de realmente trilhar este caminho da música. Por causa disso, comecei a freqüentar essa escola musical também, e quando fui para o centro da cidade, tive que mudar meu turno no trabalho também. Se me lembro corretamente, primeiro trabalhei num restaurante japonês que servia refeições. Eu pensava que, se era na hora do almoço, não haveria problema algum. Colocava um microfone na minha orelha, aquela coisa que faz um som tipo “beep” certo? Era muito engraçado. Se apertasse muitas vezes ele fazia “bee-bee-beep” e não parava (risos). Eu comecei minha vida na escola de música enquanto recebia o vale-transporte do restaurante.
#Quantas vezes por semana você freqüentava?
YUI: Eu ia todos os dias depois do trabalho. Eu não tinha meu próprio violão, então eu pedia o dos meus amigos emprestado e tocava, era mais ou menos assim. A partir dali, comecei a tentar fazer vários covers diferentes. Ficava totalmente empolgada dedilhando aquelas cordas “Isso é lindo! Que linda música!” Eu posso lembrar que ficava muito tocada com isso. E quando via as pessoas ao meu redor, apreciando seus violões, a visão deles tocando violão alegremente, aquilo realmente me pegou. Ao invés de ensinar, contando para alguém que “Eu finalmente posso tocar a nota F, como é o som?” enquanto tocava a nota, e ganhando respostas do tipo “Isto está horrível”, tivemos muitos desses tagarelas sem noção.
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Então é isso galera, até a próxima!
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YUIbr Team.
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